sábado, 14 de abril de 2012

Se LIGA INTERNET SEGURA



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Por que monitorar?

GlowImages/DPI Imagens
Uma pergunta rotineira de pais e de adultos envolvidos com crianças e adolescentes é: — Aonde você vai e com quem?
Em contraponto, crianças e adolescentes já estão prontos para responder a essa pergunta no momento em que querem se ausentar de casa e em horários em que deveriam estar em local conhecido pelos pais ou responsáveis. O intuito da pergunta é principalmente zelar pela segurança desse jovem! O adulto responsável quer e precisa saber com quem e onde seu filho está, caso contrário, como permitir ou não que ele esteja em determinado ambiente e com as pessoas que lá estão? Com o advento da Internet, o espaço virtual tornou-se uma extensão desse cuidado já tão usual. Portanto, essa pergunta e essa preocupação também devem ser dirigidas aos ambientes e às companhias virtuais.
Os adultos de hoje tiveram como referência para o seu aprendizado social os grupos que frequentaram quando crianças e adolescentes: família, escola, amigos, clubes, bares, etc. Todos esses eram “reais”. Para a atual geração de jovens, somam-se a essas referências, os grupos e ambientes virtuais. Artigos e pesquisas alertam para o fato de que os jovens acabam se socializando muito mais no mundo virtual que no mundo “real”. Ou seja, monitorar a atividade on-line de seu filho passou a ser parte integrante do cuidar e do educar. O envolvimento nos hábitos virtuais de crianças e adolescentes passou a ser uma maneira essencial de os adultos conhecerem e monitorarem hábitos, preferências e companhias cultivadas por seus filhos.
Uma preocupação comum dos pais com relação a essa atitude é a de estarem cerceando a liberdade de seus filhos. Ora, monitorar implica, sim, em fiscalizar, mas é importante que se tenha claro que essa fiscalização tem o intuito de proteger e educar, que são funções dos adultos responsáveis pelos jovens. Tal fiscalização, podemos ter certeza, será falha, já que a maioria dos adolescentes tem melhores habilidades com computadores do que seus pais e educadores. Assim sendo, o monitoramento precisa ser entendido como uma ferramenta para se educar, pois por meio dela se levantarão questões quanto ao comportamento da criança e do adolescente que propiciarão um canal de diálogo entre jovem e adulto. Os objetivos dessa atitude são promover o exercício da autocrítica do jovem a respeito de seu comportamento e de suas escolhas e propiciar ao adulto um envolvimento mais concreto na vida e nas preocupações do jovem.
A educação busca instrumentalizar a criança para um desenvolvimento pleno e saudável de suas competências, essa é uma construção que está presente durante toda a infância e a adolescência. Assim, cada atitude empodera-nos enquanto pais e educadores e empodera nossos filhos enquanto indivíduos responsáveis pelo próprio bem-estar e o dos outros ao seu redor.
Considere, então, alguns princípios básicos de como fazer ou do que considerar ao abordar seu filho:
1) Procure engajar-se! Tenha em mente, antes de começar o monitoramento, que seu objetivo principal é promover um maior envolvimento com seu filho, comprometer-se a participar de suas ações e de sua vida. Essa participação precisa ser desenvolvida gradativamente e vai depender do seu ponto de partida na relação já existente com seu filho.
2) Busque ter atitudes positivas e construtivas. Para tanto, faça perguntas sobre as preferências de seu filho; peça esclarecimentos sobre como ele utiliza os diferentes recursos tecnológicos com os quais lida; pergunte como ele seleciona os amigos que fazem parte de seu MSN ou de alguma sala de bate-papo de que participa; pergunte se ele já esteve em alguma situação em que se sentiu provocado negativamente ou mesmo desconfortável por alguma troca on-line; peça que ele lhe mostre sua página no Orkut, Facebook ou em algum desses social networks de que faça parte.
3) Seja claro e sincero. Admita a seu filho que você está interessado em suas atividades porque se preocupa com ele e quer que ele tenha as melhores companhias (dentro e fora de casa) e que circule em bons ambientes. Deixe claro que seu intuito não é proibi-lo de falar com os amigos ou que explore diferentes assuntos on-line, mas que ele o faça de uma forma que preserve sua segurança e seu bem-estar, assim como o de sua família.
4) Eduque! Tenha sempre em mente que essa é uma oportunidade de educar seu filho sobre o que é esperado dele, como sua família se posiciona em diferentes questões, o quanto é possível negociar para garantir que ele não perca sua liberdade, desde que possa demonstrar discernimento, agindo de forma responsável.
Tenha em mente que essa iniciativa não será, a princípio, fácil nem bem-vinda pelo seu filho. Seja persistente! Uma bola na trave não significa que você deva tirar seu time de campo. Pense que, se o processo é o de educar, fazemos um pouco a cada dia e deixamos outro tanto para amanhã. O essencial é não abdicarmos da possibilidade que se nos apresenta hoje!
Por Daniela Matheus
M - Cursores Animados

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